por Igor Gasparini
Não há nada a celebrar no Brasil de hoje! E talvez tampouco no mundo!
Vivemos uma onda perigosa de totalitarismo; de violência; de falta de afeto, alteridade e empatia.
Mal recuperamos de uma tragédia, e já estamos diante de algo pior. O ano de 2019 veio com força para ser lembrado sem muita nostalgia.
Na abertura do MITsp - Mostra Internacional de Teatro, no dia em que marca 1 ano do assassinato de Marielle e seu motorista, a peça “A repetição. História(s) do Teatro (I)”, traz uma narrativa desconstruída de uma ficção um tanto real:
O assassinato após espancamento de um homem gay com ascendência árabe. Homofobia e Xebofobia dão as mãos em obra do diretor suíço Milo Rau, expondo que os problemas são um tanto globais.
A peça celebra o fazer teatral entre a comédia e a tragédia, socando seu estômago como se fosse você, a vítima do espancamento. E não é que somos?
Nós todos: Marieles, Romualdos, Luíses... tendo cada um a sua história marcada pelo ódio e regada a muito sangue.
Quem será a próxima vítima? Quantos serão? O que fazer?
Enquanto isso o jovem canta... a corda envolve o pescoço... e a luz se apaga. A obra termina e eu volto para casa em silêncio com um nó na garganta!
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